sexta-feira, 13 de julho de 2012

Vigésimo Quinto Quadro de Quarenta - MORTE AO DRAGÃO

Morte ao dragão A devoção era total; Quando contrariado, o "monge" ameaçava ir para os céus e gritava: "Eu vou voar". Os crentes imploravam para que permanecesse entre eles, agarravam sua roupa. E José Maria ficava. Não havia limites para a adoração. Um jovem, por exemplo, que pretendia ser um par da França, pediu ao "monge" que o aceitasse e recebeu a seguinte missão: "Traga cinqüenta orelhas de peludos". A mãe do jovem intercedeu, propondo que seu filho matasse o "dragão que aterroriza o sertão". José Maria concordou. O jovem partiu a cavalo. Durante meses, percorreu o sertão á procura do dragão de fogo. Cansado, faminto, enfim encontrou o rastro do dragão. Satisfeito, iniciou a derradeira perseguição. À noite, enfim colocou-se diante do animal. O dragão vinha veloz em sua direção. Ele preparou a espada, firmou-se na sela e lançou-se no escuro: o trem passou por cima de seu frágil corpo. Todas essas histórias de fanatismo preocupavam as autoridades da região e do país. O "monge" e sua gente foram expulsos de Taquarussu e, em pouco tempo, montaram novamente a monarquia em Irani, que ficava ao sul do Município de Palmas. O Governo do Paraná, suspeitando que José Maria estava a serviço de Santa Catarina, mandou um destacamento de quatrocentos homens, comandados pelo capitão João Gualberto, dispersar os fanáticos ou prendê-los. Foi o primeiro combate. João Gualberto morreu. José Maria também. A primeira parte da profecia estava cumprida. Em um ano, o "monge" voltaria para liderar o advento do império santo. A república seria abolida e surgiria em todo o mundo a monarquia, que significa a lei de Deus.

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