quinta-feira, 19 de julho de 2012

Trigésimo Quinto Quadro de Quarenta - MONJE JOÃO MARIA DE JESUS

Nome do quadro: O segundo monge – joão maria de jesus O segundo monge adotou o codinome (alcunha) de João Maria,[2] mas seu verdadeiro nome era Atanás Marcaf, provavelmente de origem síria. Aparece publicamente com a Revolução Federalista de 1893, mostrando uma postura firme e uma posição messiânica. Sobre sua situação política, dizia ele "estou do lado dos que sofrem"[1]. Chegou, inclusive, a fazer previsões sobre os fatos políticos da sua época. Atuava na região entre os rios Iguaçu e Uruguai. É de destacar a sua influência inquestionável sobre os crentes, a ponto de estes esperarem a sua volta através da ressurreição, após seu desaparecimento em 1908. O segundo monge, João Maria de Jesus, surgiu também misteriosamente, no Paraná e Santa Catarina, tendo vivido entre os anos de 1886 e 1908, havendo, na ocasião, uma identificação com o primeiro, de quem utilizava os mesmos métodos, com curas por ervas, conselhos e água de fontes. Acredita-se que seu verdadeiro nome é Atanás Marcaf. Em 1897, diria: "Eu nasci no mar, criei-me em Buenos Aires e faz onze anos que tive um sonho, percebendo nele claramente que devia caminhar pelo mundo durante quatorze anos, sem comer carne nas quartas-feiras, sextas-feiras e sábados, sem pousar na casa de outros. Vi-o claramente[1]". Há controvérsias sobre seu desaparecimento, segundo alguns historiadores, ocorrido por volta de 1900, e segundo outros por volta de 1907 ou 1908. A semelhança entre os dois primeiros monges é tão grande que o povo os considerava um só. Num dos seus retratos da época há a legenda “João Maria de Jesus, profeta com 188 anos[2]” Entre 1895 e 1908, um segundo monge percorreria a mesma região. Como Agostinho, João Maria de Jesus logo ficou conhecido por causa de suas curas. Costumava conversar com as pessoas, indicava medicamentos, batizava as crianças e transmitia seus mandamentos, como, por exemplo: “Quem descasca a cintura das árvores para secá-las também vai encurtando sua vida. A árvore é quase bicho, e bicho é quase gente.” Ou ainda: “Quem não sabe ler o livro da natureza é analfabeto de Deus”. Durante a Revolução Federalista (1893-1895), João Maria visitava acampamentos dos revoltosos e fazia críticas à República, anunciando calamidades e sofrimentos. Angelo Dourado, médico e coronel federalista, registrou um encontro com o monge, ocorrido em 1894: “Quando proclamaram a república, ele anunciara por onde passara grandes calamidades e para preservarem-se dela plantassem cruzes nas portas. Que haviam de matar e roubar, porque todos estes teriam em si o diabo. Depois esses crimes trariam uma guerra cruel, sem quartel. Que animados pelo diabo teriam forças e dinheiro, mas que os outros venceriam mesmo sem armas”. Ainda de acordo com São João Maria, esta nova guerra seria precedida de muitos “castigos de Deus”, como praga de gafanhotos, cobras ou chagas: “Vai vir um tempo onde haverá muito pasto, mas pouco rastro”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário