sexta-feira, 13 de julho de 2012

Exposição de telas "100 anos de Contestado" •

Exposição de telas "100 anos de Contestado" • • PROJETO "ACERVO PEDAGÓGICO PARA O ENSINO SOBRE A GUERRA DO CONTESTADO" A Escola de Educação Básica Antonio Gonzaga do Bairro Santa Rosa, município de Porto União (SC) prepara-se para comemorar os 100 anos do Contestado realizando o Projeto "Acervo Pedagógico para o Ensino sobre a Guerra do Contestado" - Arte e emoção na transposição da história contada para a arte figurativa. O trabalho fundamenta-se na elaboração de 40 quadros alusivos à História da Guerra representando cenas inéditas sobre o cotidiano da época da Guerra do Contestado. Sob a coordenação da Professora de Matemática, Sra Nadia Maria Maltauro Ayub já estão prontos 23 quadros de um metro quadrado representando várias cenas e vultos históricos. Acompanhando cada quadro existe o texto explicativo para que o professor (a) possa trabalhar em sala de aula, como: homenagem a Maria Rosa – jovem que liderava as guerrilhas; homenagem a Chica Pelego – cuidava dos feridos e doentes; homenagem a Ana Paes – costurava e bordava as bandeiras dos fanáticos; demonstração da crueldade – incêndio e matança de gente; painéis com registros históricos da Guerra do Contestado. De acordo com diretora Celia Bobrowicz "É importante que os estudantes observem um determinado tema, admirem, comentem, coloquem-se no lugar do outro e realizem a comparação entre o passado e o presente. É neste ponto que a "arte" pode emocionar, para que por meio do desenvolvimento do senso crítico durante as comparações realizadas, desabroche a consciência, para que sejam agentes atuantes e participativos num futuro melhor para todos. vamos fazer uma série de atividades especiais alusivas aos 100 Anos do Contestado, com objetivo de marcar a data e valorizar a história de Porto União e região; do nosso povo. Esse é um momento de homenagem e resgatar a nossa cultura". Conforme o projeto a escola está se preparando para resgatar a história e valorizar as raízes da comunidade quando houver a primeira exposição dos quadros. Na ocasião, cada quadro estará representado por alunos da escola, vestidos com as mesmas roupas das pessoas que estão nas telas. Além disso a escola está juntando objetos antigos similares aos que estão nos quadros, para comporem os cenários com as crianças. Desta forma pretende-se ensinar sobre a Guerra do Contestado às crianças de forma lúdica fazendo com que a arte da tela adquira vida com as respectivas cenas dos quadros representadas em cenários reais. Juliana Brittes Kamiensky, diretora da escola, relata sobre os muitos ensinamentos de ética, respeito, natureza, do bom relacionamento entre os seres humanos, que podem ocorrer concomitantemente ao ensino sobre a Guerra do Contestado: "Praticar arte não significa nascer artista, mas significa querer, sonhar e ter oportunidade. Todas as pessoas são capazes, desde que se emocionem. A nossa região pode ser considerada um berço cultural para representação artística, desde a sua história aos recursos naturais existentes. Pode-se levar os alunos da Educação Básica ao desenvolvimento da sensibilidade artística, construindo trabalhos relacionados desde a colonização, no período da Guerra, até as condições atuais de progresso". A forma como se está trabalhando com os alunos é impulsionando a comunidade para que a Escola de Educação Básica Antonio Gonzaga promova o resgate documental, a revisão histórica da Guerra do Contestado e a identificação do Homem do Contestado - caboclo, através de um grande projeto histórico-cultural que reúna depoimentos de historiadores, sociólogos, pesquisadores, folcloristas, músicos e artistas. As crianças estão sendo orientadas sobre como colocar na tela, a pintura do expressionismo místico marcante, as paisagens, os costumes e tradições, a índole guerreira e a fé pura do homem do Contestado. Para tanto buscou-se inspiração em artistas como Willi Zumblick, Eliziane Buch, Almeida Júnior e outros. A priori os alunos colorem os painéis com canetas hidrocor e tinta guache. Posteriormente é utilizada tinta acrílica para retoques. O principal desafio é possibilitar aos estudantes a oportunidade de perceber que a arte é inerente à vida, ou seja, mesmo quando se pensa que não se é capaz de realizar algo, pode acontecer o contrário, desde que haja o incentivo, apoio e afetividade no ato de ensinar. A valorização do ser humano é o preceito principal da escola. São coletados objetos antigos utilizados na época da Guerra do Contestado (chaleiras, bules, talheres, celas, facas, facões, espadas, armas de fogo, bolsas para munição, canhões, utensílios domésticos e outros). Tais objetos serão representados nas telas e também utilizados em período de exposições, compondo cenários vivos, reais, saídos da tela. Estão sendo providenciados os trajes das pessoas que estão nos quadros, para que possam ser vestidos por educandos no período de composição dos cenários que estão representados nas obras de arte. Os principais temas que estão representados nas obras de arte são os seguintes: vultos históricos do Contestado, retratos de vida da geração matuta que provocou o Contestado", índios xoklengs e kaigangs, antigos caboclos (miscigenação de portugueses, espanhóis, kaigangs e xoklengs), ferrovia, fazendeiros, detentores de sesmarias, religiosidade (messianismo, misticismo e fanatismo), gaúchos, imigrantes (norte-americanos, ingleses, franceses, portugueses, espanhóis, suíços, austríacos, holandeses, russos, austríacos, poloneses, ucranianos, alemães, sírios, libaneses, africanos, ciganos, japoneses), integrantes de bugreiros, caçadores de índios, combatentes da Guerra do Paraguai, desertores das tropas da Revolução Federalista, coronéis e bendegós. Confira informações no link abaixo www.tracosdealma.blogspot.com

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