Descobrir a riqueza existente na alma de cada um e configurar a arte como eixo principal para a felicidade. Este é o meu propósito. Perceber e fazer arte em cima daquilo que foi descartado, creio ser uma das mais significativas expressoes de criatividade. Como matemática eu não conseguiria desenvolver este trabalho sem a amizade de uma artista verdadeira: a Mariana Martinelli. Quero publicar os trabalhos lindos da Mariana, de meus alunos e os meus trabalhos.
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Trigésimo Sexto Quadro de Quartenta - A SAGA DO CONTESTADO
Nome do Qaudro- A SAGA DO CONTESTADO
Assassinos a serviço do governo
A etapa mais sangrenta da Guerra do Contestado toma corpo e alma na região de Canoinhas, a partir do final de 1914. Correndo em paralelo com as habituais investidas dos bandoleiros e dos fanáticos, em busca de alimentos ou procurando defender-se, a região é atravessada por bandidos profissionais, que se agregam às tropas do governo como vaqueanos, com o intuito exclusivo de exercer vinganças pessoais ou de servir como matadores profissionais para os proprietários das terras arrebatadas dos posseiros, que posteriormente se haviam incorporado aos fanáticos em armas.
Esses facínoras fazem parte do grupo que obedece às ordens de Manoel Fabrício Vieira. Armados com carabinas de guerra, como a metralhadora Mauser, eles também aparecem como apaziguadores todas as vezes que acontece um ataque aos fanáticos.
Um dos mais conhecidos entre os bandidos profissionais é Pedro Ruivo, “um celerado vaqueano promovido a herói”. O bandido Pedro Ruivo agia do mesmo modo que os outros comandantes de piquetes, como Manoel Fabrício Vieira, Salvador Pinheiro, Pedro Vieira, Leocádio Pacheco e João Alves de Oliveira, que sempre atacavam em duas frentes: como bandido profissional, a matar desafetos, e como vaqueano, a serviço das tropas legalistas.
Como legalista, Pedro Ruivo estava encarregado de dar fim aos prisioneiros suspeitos ou àqueles que se entregavam voluntariamente sem apresentar uma razão convincente do seu gesto de desespero. Para cumprir com a sua tarefa escabrosa, Pedro Ruivo conduzia as vítimas para fora da cidade e degolava culpados e suspeitos.
Os corpos permaneciam insepultos. Só nesse trabalho, o assassino profissional teria “refrescado” uma centena de vítimas. Em outras ocasiões, integrando piquetes de civis, o serial-killer assassinava desafetos que nunca haviam sido fanáticos.
Terminada a guerra, Pedro Ruivo transferiu-se para a cidade da Lapa e terminou seus dias como um homem bastante rico.
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