segunda-feira, 9 de abril de 2012

Décimo primeiro quadro de 40 - REGIÃO DA GUERRA








Alguns antecedentes da Guerra do Contestado



Ação judicial de Santa Catarina contra o Paraná em 1900, por limites.

Construção da Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande, de 1908 a 1910.

Instalação da Southern Brazil Lumber & Colonization em Calmon (1908) e em Três Barras (1912).

Disputas eleitorais entre os coronéis da região pelos domínios políticos nos municípios.

Religiosidade: Messianismo, misticismo e fanatismo da população cabocla.

Ideologia Nacionalista – Civilismo na República – Reestruturação do Exército.

A Brazil Railway – empresa responsável pela construção e funcionamento da estrada de ferro São Paulo- Rio Grande - recebeu a concessão para exploração de até 15 quilômetros para cada lado da estrada. O intuito era a exploração da madeira e a colonização. Para fazer valer o contrato, a empresa iniciou a expulsão dos agricultores e caboclos (grande parte destes não possuíam título de propriedade das terras) que viviam basicamente dos ervais que estavam sendo destruídos pela madeireira da Brazil Railway, a Southern Brazil Lumber and Colonization Company. Assim os problemas já existentes na região foram intensificados pela ação da Brazil Railway.







A maioria da população da Região do Contestado era formada por uma população cabocla, pobre e inculta, de índios, negros e lusobrasileiros que, ao longo dos anos, havia se internado nos sertões e nos campos e vivia do cultivo de roças, criação de porcos selvagens, extração da erva-mate, tropeirismo de carga e trabalhava nas fazendas de criação de gado como peões ou agregados.

A forte ascendência portuguesa dos caboclos abrigava a crença importada do sebastianismo lusitano. Assim, a população revelava expressões de messianismo e de muito misticismo. Diante da ausência praticamente total da Igreja Católica, os sertanejos buscaram conforto espiritual nos monges, profetas, curandeiros, pregadores e eremitas, que peregrinavam pela região, dentre eles destacando-se dois, de nomes João Maria de Agostinho e João Maria de Jesus.


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